quarta-feira, 11 de novembro de 2009

soneto do amor total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração mais verdade...
amo-te como amigo e como amante
numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e pernamente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em amor de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinícius de Moraes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário